Nesse filme estrelado por Natalie Wood e Richard Beymer, temos um tipo de Romeu e Julieta passado para o West Side. Duas etnias diferentes, dois grupos diferentes que se odeiam (Jets e Sharks) e “quelem dominal o bailo" como diria o Cebolinha. Entre essa briga, Maria e Tony acabam se apaixonam, mas o problema e que eles pertencem a lados diferentes.
Vamos começar falando sobre o diretor: Robert Wise, (A Noviça Rebelde, 1965). Ele usa cores, efeitos e enquadramentos bem colocados que tornam o filme simplesmente lindo de se assistir.
-Por exemplo, a cena em que eles estão indo para brigar entre si, há o uso predominante da cor vermelha bem forte indicando: PERIGO!
-A cena no baile em que os dois se encontram pela primeira vez há um desfoque no resto e só os dois estão em destaque, como se não existisse mais ninguém.
-E por último aquelas cenas de amor com aquelas cores mais sutis, como verde, azul e roxo, sempre em tons suaves.
Lembro de Natalie Wood desde “Milagre na Rua 34″ (1947), e sempre a considerei uma boa atriz. A cena em que ela canta e dança “I Feel Pretty” é hipnotizante. Infelizmente a voz cantada não e dela, mas pode aproveitar a dança! Mas em questão de roteiro, acho a personagem muito mal desenvolvida, só há aquele estereótipo de garota boazinha.
A personagem melhor desenvolvida é Anita (Rita Moreno). Ela tem uma autoridade e jeito “caliente”. Cria suas próprias opiniões e não tem medo de falar o que pensa.
Agora uma última coisa, traduções. Começa pelo nome horrível que deram para o filme que era para ser algo como “História do Lado Oeste”. E também quero chamar atenção para uma piada que se perdeu na tradução. Na cena linda da Natalie Wood dançando na loja de roupa que trabalha, chega a dona da loja e diz para ela e suas amigas pararem de cantar e voltarem ao trabalho, como responta Maria diz que não dava pra evitar, afinal elas estavam usando uma máquina Singer, “singer” significa “cantora” (Ba Dun Tis). Piada explicada sempre perde a graça!
Também há críticas aos preconceitos que os americanos tem dos estrangeiros e ao “American Way of Life” que só é existe para quem nasceu lá. E apesar de ser um filme com aquela característica surreal de romances das décadas passadas, esse filme, assim como outros da década de 1960, busca quebrar o padrão e dar um certo realismo, tentando mostrar os adolescentes como são.
O filme é um musical clássico, imperdível para os fãs do gênero!
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