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Star Trek (Jornada nas Estrelas), a série clássica dos anos 60




“Espaço, a fronteira final...”




Data estelar: 2017.11

Apesar dos filmes de sucesso e das várias séries que surgiram como frutos da original, a série clássica dos anos 60 sofreu muito para conseguir ir “onde nenhum homem...” já tinha ido na TV americana.
Gene Roddenberry teve a ideia de criar uma série de ficção científica que se passa no futuro, o futuro que ele projetou é um mais positivo, ele acreditava que lá as pessoas se uniriam e se entenderiam sem preconceitos e sem ódio.

Na nave estelar Enterprise temos o “trio parada dura” Capitão James T. Kirk, Doutor Leonard McCoy e o meio humano e meio vulcano, Sr. Spock. O piloto foi feito em 1964, mas do elenco só Spock permaneceu. O primeiro piloto tinha o capitão Pike e uma imediata mulher (Majel Barret, que mais tarde estaria no elenco como a enfermeira Christine Chapel). Esse piloto foi rejeitado por ser, segundo eles, “cerebral demais”. Claro que o fato de ter uma mulher no comando pode ter cooperado com essa rejeição.


Em 1966 um segundo piloto foi entregue para a emissora e foi aprovado, o episódio é o “Where no men has gone before”. Apesar de o primeiro a ser filmado, esse não foi o primeiro episódio a ser exibido, mas é notável a diferença gritante na aparecia de Spock (aqui ainda mais verde, com o uniforme de cor errada e com sobrancelhas mais grossas e levantadas), nas cores dos uniformes dos outros tripulantes e o médico, que aqui ainda não era o McCoy (codinome, Magro).

Com pouco orçamento, a série usava e abusava de cenários pouco convincente feitos de material barato (mesmo assim bonitos e mágicos), e investia em bons roteiros. Os atores são ótimos, eles (e a montagem) nos fazem acreditar em histórias incríveis que na verdade ás vezes eram só alguns falas, caretas e imagens do exterior da nave, mas que nos fazem se segurar na cadeira.


Sob o véu da ficção, a série pode abordar assuntos intrigantes que eram tratados de maneira metafórica e que passavam pela censura. Star Trek também quis lidar com o preconceito criando um Alien, e colocando no elenco permanente pessoas como a Uhura (a primeira mulher negra em um papel tão importante na TV americana), Sulu (meio japonês), Chekov (russo), e o escocês Scotty.

Ousando tanto, e tendo um pequeno público que acompanhasse a série (porque passava sempre em péssimo horário), ela sofreu sempre e acabou depois de (SÓ!!!) 3 temporadas. Ela nem chegaria na terceira se não fossem os fãs, pessoas inteligentes como professores e até Martin Luther King, que mandarem cartas e cartas dizendo para não cancelarem a série.


Foi depois de cancelada que o sucesso veio. Outras emissoras compraram a série e ela foi exibida em diversos horários, ganhando assim um público maior. Foi aí que Star Trek se tornou um ícone da cultura. Ganhou uma série animada em 1973 e o primeiro longa metragem em 1979. Mas não conseguiram chegar aos pés daqueles 79 episódios da série original, que permanece espetacular e encantadora, principalmente  pelos trancos e barrancos que passou para sobreviver.

Spock é meu personagem favorito. No vídeo abaixo eu falo sobre a série, ele e listo alguns dos episódios para conhecer Spock melhor.

Vida Longa e Prospera! 

Vídeo:


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