O filme de
1903, “O grande roubo do trem” foi dirigido por Edwin S. Porter e tem apenas 11
minutos. O cinema ainda era muito jovem nessa época, os irmãos Lumière fizeram
aqueles curtas metragens documentais (o trem chegando a estação e pessoas
saindo do trabalho) e George Méliès usava sua experiência no teatro para criar
curtas com efeitos especiais usando montagem, figurinos e cenários. Mas nessa
época o cinema ainda não conseguia passar uma narrativa de forma
cinematográfica, não tinha cortes na edição ou enquadramentos que se
preocupassem em trazer um sentido para a narrativa apresentada. David Griffith
foi quem desenvolveu muito disso mais tarde, mas tudo começou antes, com esse
faroeste.
A história é
bem simples. Um grupo de bandidos toma conta do escritório da estação e depois
do trem, lá eles roubam a todos e fogem em uma parte do trem descarrilhado. O funcionário
do escritório é acordado e sai correndo para pedir ajuda de pessoas em um bar, antes
de ir atrás dos bandidos eles brincam de atirar perto de seus pés para o fazer
dançar. Depois, o bando vai atrás dos assaltantes e os matam. No final uma cena
que quebra a quarta parede é quando o bandido olha para a câmera e atira.
O filme
trouxe inovações como: filmagens em locação, movimentos de câmera e montagem
paralela. Foi aqui que surgiu algo, que para nós hoje em dia pode parecer muito
obvio, que foi a montagem de ações paralelas. Uma ação ocorre em um lugar e
depois vemos em outro lugar o que estava acontecendo naquele mesmo momento.
Pode parecer muito simples hoje em dia, mas isso fez o cinema dar um passo em
direção ao que temos hoje.
Veja o filme
online:
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