Bea e Delilah
O filme
estrelado por Claudette Colbert conta a história de uma mulher chamada Bea, ela
acabou de ficar viúva e com uma filha pequena para cuidar. Seu marido era
vendedor ambulante de calda, e ela assume os negócios dele.
Em uma manhã
corrida e ocupada, uma mulher negra bate à sua porta, seu nome é Delilah (Louise Beavers), ela diz
que veio por causa da vaga de emprego. Bea diz que não colocou nenhum anúncio, pouco
tempo depois as duas percebem que tudo aquilo foi um erro, na verdade a rua de
Bea tinha o mesmo nome da avenida que Delilah procurava. No meio da confusão,
Delilah acaba ficando, depois de pedir para trabalhar para Bea em troca de
apenas abrigo e comida para ela, e sua filha Peola.
Um dos
conflitos principais que vai se desenvolver é pelo fato de que Peola (quando adulta, interpretada por Fredi Washington) é branca,
porque puxou ao pai. Isso vai gerar grande confusão e problemas na busca de sua
identidade, porque apesar de ser branca por fora, Peola é filha de uma mulher
negra.
Muito
interessante também é ver como Bea consegue abrir um negócio com a receita de
panquecas de Delilah, isso só com a lábia, porque ela não tinha dinheiro
nenhum. Ela se torna uma grande empresária e Delilah, apesar de receber 20% do
lucro, prefere continuar morando com Bea e a ajudando. As duas mulheres lutam
juntas para criar suas filhas.
Jessie (quando adulta, interpretada por
Bea, é uma mulher independente. Quando Delilah diz que ela precisa de casar, ela diz que não precisa disso. Ela é uma mulher à frente de seu tempo, e um filme dos anos 30 relatar isso é com certeza algo avançado.
Rochelle Hudson), a
filha de Bea, está indo bem na faculdade e é uma filha exemplar (mesmo com o
conflito amoroso que surge mais tarde), ao contrário de Peola, que
constantemente magoa sua mãe por ter vergonha dela e a culpar por sua falta de aceitação
na sociedade. É triste a cena em que Delilah vai buscar sua filha na escola e ela sai correndo, envergonhada de ter uma mãe negra, ou de quando é encontrada depois de fugir, e nega a conhecer.
Bea, é uma mulher independente. Quando Delilah diz que ela precisa de casar, ela diz que não precisa disso. Ela é uma mulher à frente de seu tempo, e um filme dos anos 30 relatar isso é com certeza algo avançado.
No filme, a mulher branca mora no andar de cima da casa e a mulher negra no andar de baixo
O
preconceito racial é criticado, mas percebemos a aceitação e conformação de
Delilah. Ela não pretende ter sua própria casa ou carro, apesar de ter dinheiro
o bastante para isso, prefere continuar morando com Bea. Ela fica separada dos
outros e não participa das festas dadas na casa, mas também parece não se
importar com isso. Em um momento em que Peola, ainda criança, volta chorando
porque Jessie a chamou de negra, Delilah tenta acalma-la, mas dizendo que ela
precisa se acostumar com isso, porque é só o começo.
Bea briga
com Jessie por chama-la daquele jeito, mas por que dizer que ela é negra seria uma
ofensa? Na verdade, o problema está no que ser negro representa para as pessoas
da época, por isso a sua cor de pele vira um termo ofensivo. Delilah
diz que não é culpa de Jessie, que na verdade ela não sabe de quem é a culpa...De quem é a culpa?
Imitação da
vida é um filme que merece ser visto e apreciado, uma obra prima que retrata a
vida de duas mulheres fortes, que lutam para sobreviver. Veja ele online aqui: http://www.filmesantigos.tv/filme/imitacao-da-vida/1934
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