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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Casamento ou Luxo (1923)

Esses filme é um dos menos conhecidos de Charlie Chaplin. Logo no início do filme vemos o aviso: “Para evitar qualquer mal entendido, gostaria de precisar que não apareço nesse filme. É o primeiro drama sério escrito e realizado por mim.” Assinado: Charles Chaplin  Nesse filme Chaplin entra na empreitada de mostrar que ele era capaz de fazer um drama, não só comédia. Mas não se engane com o aviso sobre não aparecer, Charlie faz uma pequena aparição, um cameo na estação de trem derrubando uma mala enorme. O filme é a história de Marie (Edna Purviance), que deixa o vilarejo que mora depois de uma fuga fracassada com o futuro marido Jean (Carl Miller). Ela deixa pra traz uma vida cheia de pobreza e infelicidade por uma vida de luxo e muitas festas em Paris. Lá ela conhece Pierre (Adolphe Menjou), que seria o tipo de homem rico bancando a amante. Depois de um ano da saída do vilarejo, ao se confundir com o endereço de uma festa, Marie acaba reencontrando o amor qu

O Homem que Matou o Facínora (1962)

"A educação é a base da lei e da ordem" (tradução livre). Contém Spoilers O filme de John Ford não é um simples faroeste com o mocinho, a bela moça e o bandido. Tem um propósito muito maior, mostra uma realidade que até hoje existe, uma sociedade sem conhecimento. Rance (James Stewart) é um senador que volta a uma pequena cidade onde tinha morado quando mais jovem para o funeral de um velho amigo Tom Doniphon (John Wayne). Mas a chegada de um senador de Washington é notícia, então o jornal local vai atrás da história. Em flashback vemos a chegada de Rance como um jovem e recém formado advogado, que acredita na justiça através da lei. Mas segundo Tom a única maneira de fazer justiça no oeste é com uma arma na mão. Além do conflito que irá se desenvolver entre um revólver e o livro de direito é o triângulo amoroso (o qual já sabemos que fim vai tomar logo no começo) entre Rance, Tom e a bela e decidida Hallie (Vera Miles). A realidade de um povo analfabeto

Desabafo (o que torna um filme bom)

Cena de Manhattan, de Woddy Allen Eu sempre gostei muito de filmes, desde criança. Mas com o passar do tempo eles pareciam muito iguais e repetitivos pra mim. Até que assistindo com minha vó descobri que existem filmes antigos, e me apaixonei. A partir daí fui atrás de qualquer filme que fosse em preto e branco. Me deparei logo de cara com Charlie Chaplin. Mas acabei percebendo que "nem tudo que reluz é ouro". Também existiam filmes antigos ruins. Então descobri o que era diretor, diretor de fotografia e diretor arte. Comecei a procurar por bons diretores e acabei encontrando vários, mas me apaixonei por Hitchcock. Depois de pirar com enquadramentos e técnicas cinematográficas, percebi que tudo aquilo era muito vazio sem um bom roteiro. É claro que Hitchcock sempre se preocupou com um bom roteiro, mas não me contentei com isso, sinceramente não acho os roteiros que Hitch dirige os melhores. Daí conheci Woody Allen, um cara muito bom de roteiro! Resumindo, a cada d

Suspeita (1941) Crítica

Quem conhece Hitchcock por causa de Psicose (1960) pode se decepcionar bastante com esse filme. Ele tem muito mais de romance do que de suspense. A história é baseada no Livro de Francis Iles chamado “Before the Fact”. Lina (Joan Fontaine) é uma garota do tipo certinha que tem uma vida confortável, até luxuosa. Logo na primeira cena ela conhece Johnny (Cary Grant) que mais tarde vai acabar roubando seu coração. Mas com o tempo ela vai conhecendo de verdade com quem ela se casou e muitas dúvidas vão surgindo. Hitchcock sempre valorizou muito um bom roteiro, mas nesse filme fica muito a desejar. Com certeza se deve ao fato de que as filmagens começaram com um roteiro ainda inacabado. Claro que isso também afeta o desempenho dos atores, não é nada fácil entrar no papel sem conhecer realmente a intenção de determinado personagem.  O final original (o que eu prefiro) que é o final no livro seria diferente: na cena final o leite realmente mataria Lina, ou seja, o lindinho do Cary Gr

Amor Sublime Amor (1961) Crítica

Nesse filme estrelado por Natalie Wood e Richard Beymer, temos um tipo de Romeu e Julieta passado para o West Side. Duas etnias diferentes, dois grupos diferentes que se odeiam (Jets e Sharks) e “quelem dominal o bailo" como diria o Cebolinha. Entre essa briga, Maria e Tony acabam se apaixonam, mas o problema e que eles pertencem a lados diferentes. Vamos começar falando sobre o diretor: Robert Wise, (A Noviça Rebelde, 1965). Ele usa cores, efeitos e enquadramentos bem colocados que tornam o filme simplesmente lindo de se assistir. -Por exemplo, a cena em que eles estão indo para brigar entre si, há o uso predominante da cor vermelha bem forte indicando: PERIGO! -A cena no baile em que os dois se encontram pela primeira vez há um desfoque no resto e só os dois estão em destaque, como se não existisse mais ninguém. -E por último aquelas cenas de amor com aquelas cores mais sutis, como verde, azul e roxo, sempre em tons suaves. Lembro de Natalie Wood desde “Milagre na R

Atelier (2015)

A nova série do Netflix “Atelier” me lembrou muito a história do filme “O Diabo Veste Prada” com Meryl Streep e Anne Hathaway. É aquela garota nova, no emprego novo de moda com uma chefe bem irritante! Mas a vida é assim, não existe o novo, só existe o reinventado. E que beleza que reinvento hein?! Só vi o primeiro episódio, mas já me apaixonei! Alguns não gostam do fato de ser legendado, mas acho que a beleza da série começa no seu idioma original: japonês.  Apesar de ser um drama, “Atelier” tem seus momentos cômicos. Boas atuações, bons personagens e também muitos enquadramentos interessantes e um belo uso da iluminação! Eu recomendo! Assistam, vale a pena!